sábado, 25 de julho de 2009

AMIGOS...

Certa manhã, o incomparável guerreiro mongol Gengis
> > Khan e sua corte saíram para caçar.
> > Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos,
> > Gengis Khan carregava
> > seu falcão favorito no braço - que era melhor e mais
> > preciso que qualquer
> > flecha, porque podia subir aos céus e ver tudo aquilo
> > que o ser humano não
> > consegue ver.
> >
> > Entretanto, apesar de todo o entusiasmo do grupo, não
> > conseguiram
> > encontrar nada. Decepcionado, Gengis Khan voltou para
> > seu acampamento, mas,
> > para não descarregar sua frustração em seus
> > companheiros, separou-se da
> > comitiva e resolveu caminhar sozinho.
> >
> > Tinham permanecido na floresta mais tempo que o
> > esperado e Khan estava morto
> > de cansaço e de sede. Por causa do calor do verão, os
> > riachos estavam secos,
> > não conseguia encontrar nada para beber até que -
> > milagre! - viu um fio de
> > água descendo de um rochedo a sua frente.
> >
> > Na mesma hora, retirou o falcão do seu braço, pegou o
> > pequeno cálice de
> > prata que sempre carregava consigo, demorou um longo
> > tempo para enchê-lo e,
> > quando estava prestes a levá-lo aos lábios, o falcão
> > levantou vôo e
> > arrancou o copo de suas mãos, atirando-o longe.
> >
> > Gengis Khan ficou furioso, mas era seu animal favorito,
> > talvez estivesse
> > também com sede. Apanhou o cálice, limpou a poeira e
> > tornou a enchê-lo. Com
> > o copo pela metade, o falcão de novo atacou-o,
> > derramando o líquido.
> > Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não podia
> > deixar-se
> > desrespeitar em nenhuma circunstância, já que alguém
> > podia estar assistindo
> > à cena de longe e mais tarde contaria aos seus
> > guerreiros que o grande
> > conquistador era incapaz de domar uma simples ave.
> >
> > Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice,
> > recomeçou a enchê-lo -
> > mantendo um olho na fonte e outro no falcão. Assim que
> > viu ter água
> > suficiente e quando estava pronto para beber, o falcão
> > de novo levantou vôo
> > e veio em sua direção. Khan, em um golpe certeiro,
> > atravessou o seu peito.
> >
> > Mas o fio de água havia secado. Decidido a beber de
> > qualquer maneira, subiu
> > o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia
> > realmente uma poça
> > d'água e, no meio dela, morta, uma das serpentes mais
> > venenosas da região.
> > Se tivesse bebido a água, já não estaria mais no mundo
> > dos vivos. Khan
> > voltou ao acampamento com o falcão morto em seus braços.
> >
> >
> > Mandou fazer uma reprodução em ouro da ave e gravou em
> > uma das asas:
> >
> > "Mesmo quando um amigo faz algo que você não gosta,
> > ele continua sendo seu amigo".
> >
> > Na outra asa, mandou escrever:
> >
> > "Qualquer ação motivada pela fúria
> > é uma ação condenada ao fracasso".

AUTOR DESCONHECIDO

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